Carmona Rodrigues e Manuel Maria Carrilho tiveram um aceso debate na SIC Notícias, onde trocaram acusações durante praticamente todo o frente-a-frente. O único debate televisivo entre os dois acabou com Carrilho a recusar-se a cumprimentar o seu adversário.
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Uma atmosfera de tensão marcou o debate de quinta-feira entre os candidatos à Câmara Municipal de Lisboa Carmona Rodrigues e Manuel Maria Carrilho, na SIC Notícias.
No único frente-a-frente televisivo entre os dois candidatos, Carmona Rodrigues abriu logo o debate, afirmando estar a ser vítima de «insultos de carácter pessoal» por parte do candidato socialista.
Carrilho ripostou de pronto acusando Carmona Rodrigues de não ter «hábitos democráticos», assegurando que se vencer as eleições cancelará «todos os contratos da autarquia para auto-propaganda».
O candidato socialista falou em «despesismo descontrolado», trazendo para o debate a informação de que a autarquia lisboeta teria gasto 2,5 milhões de euros só para o estudo prévio do arquitecto Frank Gehry para o Parque Mayer.
Na resposta, Carmona Rodrigues falou nos 250 outdoors que o seu adversário terá colocado na cidade «muito meses antes das eleições», trazendo também a terreiro o caso da casa-de-banho ocorrido quando Carrilho foi ministro da Cultura.
O candidato socialista não gostou da referência ao caso, quando Carmona lhe perguntou quanto tinha pago pela casa-de-banho, recordando que esse caso polémico foi a tribunal e que Carrilho saiu desse processo «completamente ilibado».
No final do debate, nova polémica quando Carrilho acusou Carmona de ter «perdido toda a credibilidade ao prometer empregos pós-eleitorais» a dirigentes do Partido da Nova Democracia, considerando que se estava perante um «verdadeiro mensalão».
O candidato do PSD sentiu-se atingido e considerou que a acusação era uma calúnia, tendo ainda classificado de «blasfémia» quando Carrilho afirmou que se ganhasse as eleições servia Lisboa e não se serviria do cargo «como fizeram Santana Lopes e Carmona Rodrigues».
Já após o debate, Carmona Rodrigues, perante a recusa de Manuel Maria Carrilho em lhe cumprimentar, acusou o socialista de ser «ordinário», após o candidato do PS lhe ter virado as costas.