O CDS-PP discorda da extinção da Brigada de Trânsito da GNR, uma das proposta inscritas nas Leis Orgânicas da GNR e PSP, que são discutidas esta sexta-feira no Parlamento. Estas propostas também não agradam aos sindicatos de polícia.
O CDS-PP não concorda com a extinção da Brigada de Trânsito da GNR, uma das propostas das Leis Orgânicas da GNR e PSP, que a Assembleia da República vai debater esta sexta-feira.
«Parece-nos que é um erro histórico da parte do Governo, porque não se justifica que a Brigada de Transito, com todo o prestígio que granjeou perante os portugueses, seja extinta e perca a sua autonomia operacional», explicou o deputado Nuno Magalhães.
Os centristas também não vêem com bons olhos a possibilidade de a GNR vir a «participar em acções internacionais de manutenção de paz sem a referência explícita que é no cariz policial» que essas acções serão feitas.
Para Nuno Magalhães, outros dos pontos em que o Governo erra o facto de tentar que a GNR seja o «quarto ramo das Forças Armadas», uma vez que «não tem paralelo em outros países, nomeadamente nos países mediterrâneos, que têm uma estrutura dualista, uma força de cariz civil e outra de cariz militar».
As Leis Orgânicas da GNR e PSP, aprovadas a 3 de Maio e elaboradas pelo ex-ministro da Administração Interna, António Costa, também não agradam ao Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia.
Este sindicato acusa o director nacional da PSP de não saber defender o prestígio e dignidade da polícia, o que fez com que o presidente deste sindicato, o comandante Jorge Resende, em declarações ao «Diário de Notícias», apelasse à demissão de Orlando Romano.