A conjuntura externa não está a ajudar, a perceção de instabilidade interna também. Em entrevista à TSF e DN, Costa diz que "o país está a retomar a normalidade". E que Marcelo ajuda.
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António Costa não promete uma aceleração da economia - e justifica a sua prudência com a conjuntura internacional. Na entrevista à TSF e DN, o primeiro-ministro elenca várias razões para justificar a prudência dos agentes económicos, apesar dos bons sinais de retira dos dados do INE face aos primeiros meses do ano.
"Com um panorama europeu que, entre atentados terroristas a ameaça do Brexit, a ameaça do fecho das fronteiras... é o que é. O cenário em muitos dos nossos mercados de exportação não são positivos", diz Costa, referindo depois os casos de Angola - que esta semana pediu ajuda ao FMI, mas também do Brasil, por exemplo.
Aos fatores externos, Costa contrapõe alguns internos, que - admite - terão travado o desenvolvimento da economia nos primeiros meses da sua governação. E aqui inclui não só o "nível de desemprego extremamente elevado que nós temos", como a ideia de instabilidade que criou a nova experiência governativa. Mas o primeiro-ministro acredita que essa sensação de instabilidade está a mudar:
Havia, admite António Costa, "incerteza de muita gente: "Será mesmo verdade que os rendimentos vão ser repostos ou não vão ser repostos". É evidente que estes eram os meses que eram essenciais para ir dissolvendo estas incertezas e ir reforçando as certezas.
Acho que a mensagem de tranquilidade e estabilidade política que o Presidente da República tem transmitido ao país é também ela positiva, assim como as pessoas verificarem - depois de estranharem num primeiro momento - que a maioria parlamentar funciona, que conseguiu aprovar um orçamento, que o país está a retomar a sua normalidade".
A entrevista de António Costa à TSF e DN foi realizada no Porto, na Cooperativa Árvore.
Aqui a entrevista, na íntegra, a António Costa.