Carlos César
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PCP pede dez escalões de IRS. Carlos César garante que os socialistas pretendem que haja um "alívio fiscal", mas sublinha que é preciso não descurar o investimento e o equilíbrio orçamental.
"O que está em análise é qual a dimensão desse alívio no Orçamento de 2018. Não partimos com quantitativos pré-estabelecidos como fixos, mas, ao longo dos trabalhos preparatórios do Orçamento e do diálogo com os parceiros, chegaremos a uma solução que confirma essa tendência de alivio da carga fiscal", disse o líder parlamentar do PS, esta quinta-feira, no final da reunião da bancada socialista.
Confrontado com a posição do PCP que, propõe que dos atuais cinco escalões de IRS o Governo avance para os dez escalões, Carlos César deu também conta de que nada está ainda finalizado com os comunistas - e também com os restantes partidos que assinaram posições conjuntas com o PS -, mas que o objetivo é diminuir a carga fiscal.
"Temos uma carga fiscal excessiva, quer sobre pessoas quer sobre empresas, e o nosso esforço será o de, preservando o equilíbrio orçamental, preservando a necessidade de afetação de recursos para outras áreas de investimento, caminhar-se no sentido do alívio fiscal e fazê-lo da forma mais intensa possível", afirmou o líder parlamentar.
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Já sobre o calendário das negociações, Carlos César entende que se desenvolvem "até ao momento da sua votação final global", contudo, considera que "quando se chegar a boas conclusões, não temos necessidade de adiar o seu reconhecimento".
Sobre as conversas sobre o OE2018 com os partidos da esquerda, António Costa - tal como o BE - já disse querer vê-las bem encaminhadas até ao verão, para que não colidam com a campanha eleitoral autárquica, enquanto o PCP entende que as negociações não devem ser aceleradas tendo como justificação a data das eleições.
PCP quer dez escalões de IRS
Ontem, uma delegação do PCP liderada por Jerónimo de Sousa esteve reunida, em São Bento, com o primeiro-ministro, num encontro que marcou o início das negociações tendo em vista o Orçamento do Estado para 2018.
Esta quinta-feira, em entrevista à SIC Notícias, o líder parlamentar do PCP, João Oliveira - que também esteve presente na reunião com António Costa - adiantou que o "ponto de partida" dos comunistas em matéria de IRS "são os dez escalões".
"Porque nos parece a estrutura de IRS que melhor corresponde a um IRS mais proporcional e mais justo, sobretudo para quem tem rendimentos mais baixos", disse.
Na mesma entrevista, o líder parlamentar do PCP foi ainda questionado sobre a proposta do BE, que, no próximo Orçamento do Estado, pretende ver incluído um alívio fiscal na ordem dos 600 milhões de euros. "Não faz sentido fazer a discussão do IRS dizendo que há 200 ou 600 milhões para gastar em escalões, porque as questões do IRS não se resumem a isso. A questão é mais global", defendeu o líder parlamentar.