Socialistas concordam com "o princípio" mas remetem para a concertação social e para as negociações entre Governo e sindicatos.
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Apesar de concordar com "o princípio dos 25 dias de férias", o PS considera que não é o Parlamento quem deve avançar com a reposição dos três dias retirados em 2012.
Durante o debate sobre as iniciativas do PCP, Bloco e do PAN, o deputado socialista Rui Riso remeteu a decisão para a concertação social e para as negociações entre os sindicatos e o Governo, deixando antever uma abstenção, amanhã quando os projetos forem votados.
Para o PCP, fica claro que a responsabilidade pelo "chumbo" será partilhada entre o PS e a direita.
"Se os 25 dias de férias não forem repostos é porque PS, PSD e CDS não querem", disse Rita Rato.
Na mesma linha, Joana Mortágua, do BE reclamou uma decisão parlamentar.
"Sem desculpas, se foi aqui que os direitos laborais foram retirados, é aqui que devem ser repostos", defendeu a deputada bloquista.
O CDS criticou o PS por "mais uma vez estar à espera do voto contra do PSD e do CDS.
"Afinal, vai votar a favor, contra ou vai abster-se? Seja consequente e vote contra ou está sempre à espera do PSD e do CDS para aquilo que a sua bancada não consegue, que é por em ordem a maioria", desafiou o centrista António Carlos Monteiro.
"Já só falta propor a semana dos dois dias, dois de trabalho e cinco de descanso", ironizou.
Pelo PSD, Clara Marques Mendes do PSD "a reforma de 2012" (que fixou os 22 dias de férias) não foi contra ninguém, foi feita porque foram assumidos compromissos internos e internacionais para que as empresas e economia fossem efetivamente sustentáveis".
O deputado do PAN, André Silva, citou dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento para concluir que os portugueses trabalham "1.868 horas por ano, mais 102 horas que a média dos países incluídos no relatório.
"O que mais escasseia é o que menos temos: tempo para viver", defendeu André Silva.