
Tiago Petinga/Lusa
O Presidente da República considera que a posição adotada no país tem sido "adequada", destacando que "sem alarmismo" são recolhidas informações e dadas respostas adequadas.
Marcelo Rebelo de Sousa considera que apesar dos ataques em Bruxelas e das mensagens publicadas por grupos como o Daesh, o atual nível de alerta anti-terrorismo em Portugal é o adequado.
No final de uma visita ao Comando Conjunto para as Operações Militares do Estado-Maior General das Forças Armadas Portuguesas, o chefe de Estado afirmou que "tem sido adotada a posição adequada que é, sem alarmismo, recolher as informações que existem e reagir perante elas, e tanto quanto possível prevenindo em conjunto com os aliados", respondeu, quando questionado se o nível de alerta em Portugal deveria aumentar.
Segundo o Presidente da República, há "um esforço mundial e em particular europeu, ou da NATO, e a resposta que tem sido dada é a resposta adequada, proporcionada".
"Aqui há uma capacidade de acompanhamento, de planeamento, de resposta que é muito significativa, em quadros diferentes, vão desde a Aliança Atlântica, à União Europeia, às Nações Unidas ou até em missões conjuntas e em que é de prever um reforço da participação de Portugal e das Forças Armadas portuguesas nos próximos tempos noutras missões internacionais e isso é muito importante para prevenir e para reagir relativamente a um novo tipo de ameaças", adiantou ainda.
Com a crescente ameaça de terrorismo internacional, em que o grupo extremista Daesh "tem um papel fundamental, que não está apenas localizado na área em que se fala mais, a Síria ou o Iraque, tem vindo a estender-se no continente africano e ter ações terroristas nomeadamente na Europa e isso obriga a novas missões", lembrou.
"Na última reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional já foi tomado um conjunto de decisões relativamente a áreas como a República Centro-Africana, que podem parecer estranhas porque distantes e não são distantes num ambiente que é global e onde esse tipo de ameaça tem vindo a estender-se geograficamente", explicou.
Neste momento, estão em missão internacional 481 militares portugueses, em teatros de operações como o Kosovo, Iraque, Somália, Afeganistão ou Mali, entre outros.