O PSD acusa o Governo de usar a concertação social para ganhar tempo com matérias incómodas. Em Viseu, Passos Coelho mostrou-se preocupado com os trabalhadores.
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Pedro Passos Coelho aproveitou o jantar dos trabalhadores social-democratas para criticar o governo, a quem apontou contradições e acusou de imobilismo ao querer ganhar tempo com a concertação social para evitar fazer as reformas que o país precisa.
Apesar dos sacrifícios dos últimos anos "os indicadores económicos não são bons, o desemprego deixou de cair e o emprego estabilizou" pelo que o presidente do PSD não encontra motivo para "celebrar o dia do trabalhador".
Passos Coelho elencou as contradições do Governo e dos partidos que o apoiam, com a questão das 35 horas de trabalho semanal a servir de exemplo: "se não querem alargar as 35 horas a toda a economia porque não diz já o Governo que não aceita iniciar sequer essa discussão?".
Um exemplo de que o Governo está a usar a concertação social como "manobra dilatória. O Governo sabe que se mandar as matérias que incomodam para a Concertação Social elas ficam lá e durante uns meses não se fala nisso".
Aos trabalhadores social-democratas Passos Coelho pediu empenho para que as reformas sejam uma realidade: "que insuflem na UGT essa ambição de não fazer da Concertação Social uma farsa. Os trabalhadores portugueses já provaram no passado que sabem vencer as dificuldades e nós temos que lhes saber retribuir o reformismo necessário para que as nossas perspetivas melhorem no futuro".