É a resposta dos três partidos à hipótese levantada, este domingo, pelo Bloco de Esquerda. Cada um tem as suas razões, mas concordam na rejeição da ideia.
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Pedro passos Coelho não vê razões para avançar com um referendo. O líder do PSD afirmou mesmo "que não devemos instrumentalizar os portugueses nem usar o instrumento do referendo como uma espécie de arma política dentro da conversa sobre sanções.
Para o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, Portugal deve estar preparado para se libertar do euro, mas mostrou-se reticente quanto à realização de um referendo, remetendo as decisões em matérias europeias para "as instituições nacionais".
Jerónimo de Sousa, que falava após uma reunião do comité central do PCP para analisar a situação política e económica nacional e internacional, destacou "a urgência e a necessidade de Portugal se preparar e estar preparado para se libertar da submissão ao euro", salientando que este deve ser "um processo" e não "um ato súbito".
Por sua vez, a líder do CDS-PP, Assunção Cristas, recusou a possibilidade de colocar na agenda um referendo em Portugal sobre a Europa e pediu uma solução célere para a saída do Reino Unido da União Europeia.
"Na perspetiva do CDS este não é tempo de referendar nada, este é o tempo de refletir com profundidade sobre como tornar a Europa mais próxima dos cidadãos", afirmou a líder do CDS-PP, quando questionada sobre as declarações da coordenadora do BE, que disse hoje que se a Comissão Europeia avançar com sanções contra Portugal por défice excessivo o partido colocará na agenda um referendo em Portugal sobre a Europa.