Sem confirmar formalmente que será Teresa Leal Coelho, deputada e vice-presidente do PSD, a candidata do partido a Lisboa, Passos Coelho disse que considera ter feito "uma boa escolha".
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O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou, esta quinta-feira, que já deu a indicação do nome do candidato social-democrata à Câmara Municipal de Lisboa, mas remeteu esse anúncio para a distrital da capital, este fim de semana.
"Eu julgo que será uma boa escolha e que permitirá ao PSD ter uma afirmação em Lisboa de acordo com aquilo que é a nossa tradição, ter um projeto para a capital e poder mobilizar as pessoas, não apenas para uma campanha, mas para um mandato que nós gostaríamos que fosse muito diferente daquele que tem existido até aqui", afirmou, em declarações aos jornalistas, durante uma visita à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).
Garantindo que os social-democratas estão na corrida autárquica para "ganhar", Passos Coelho diz que tem vindo a "acompanhar" a decisão sobre a escolha do candidato e que já teve oportunidade de "trocar impressões" com a comissão política distrital do partido, mas recusou confirmar o nome de Teresa Leal Coelho - algo que deverá acontecer na reunião da Comissão Política Nacional do PSD, na próxima terça-feira.
"É uma matéria que reuniu já da minha parte uma indicação e uma decisão, mas compete aos órgãos próprios do PSD tomarem a decisão adequada e do ponto de vista público anunciarem", concluiu.
Questionado sobre a candidatura de Assunção Cristas, o líder do PSD deixou ainda uma nota: "Estará a candidatar-se pensando que pode ganhar Lisboa, nós faremos exatamente o mesmo e, se depois pudermos juntar esforços para que a câmara possa ser governada, excelente, melhor ainda".
"Não é com apelos" do presidente que se transforma um "forma desprezível" de fazer política, diz Passos
Durante a visita, Pedro Passos Coelho foi ainda confrontado com as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, que, na quarta-feira, apelou a acordos interpartidários e pediu para que sejam evitadas "irreversíveis animosidades" entre os adversários políticos.
Segundo o líder do PSD - que sublinhou não querer comentar diretamente as palavras do chefe de Estado -, o Governo e maioria apresentam "uma forma desprezível de fazer política", considerando que "não é com apelos" do Presidente da República que se vai alterar essa situação.
Marcelo Rebelo de Sousa defende um cenário em que "os adversários continuem a não se transformar em inimigos", mas Pedro Passos Coelho insiste que "o Governo e a maioria que o apoia têm uma noção de democracia muito especial" e que "têm mostrado um desrespeito completo pelos poderes das entidades independentes e autónomas".
"A maturidade da democracia portuguesa depende da forma como aqueles que exercem lugares públicos se comportam, eu procuro dar o meu melhor contributo", acrescentou.
Notícia atualizada às 14h02