Marcelo Rebelo de Sousa está há três meses em Belém. A TSF faz um balanço.
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Chegou a pé à Assembleia da República, no dia da posse, surpreendeu ao trazer Mário Draghi ao primeiro Conselho de Estado a que presidiu e até trouxe o presidente da Fifa ao jantar com a seleção de futebol.
Perito em surpresas e sucessivas quebras de protocolo, Marcelo marca em cima da hora visitas a exposições ou idas a espetáculos, vai a inúmeras, mesmo muitas, apresentações de livros e não lhe falta tempo para ir à procissão.
Sem apelo, nem agravo, foi o presidente da República que anunciou a viagem de António Costa à Grécia, deixou escapar informação sobre a ida de Elisa Ferreira para o Banco de Portugal e revelou que ia oferecer um jantar a Ban Ki Moon, a propósito de um presunto e enquanto provava umas lascas finas do produto nacional.
Especialista em alterar as previsões dos seguranças, Marcelo é o homem dos passeios imprevistos, acena aos estrangeiros que viajam nos autocarros turísticos, pergunta pela saúde de quem passa e é quase sempre o primeiro a propor a famosa "selfie" com o presidente.
Sem reservas, desdobra-se em beijos e cumprimentos e, nos momentos de maior ternura, já abalroou baias de segurança para abraços calorosos.
Sem desdenhar convites, foi ao Barreiro, já presidente, brindar com bagaço e um mês depois fez tilintar o copo, em Reguengos de Monsaraz, com gin português, apimentado com recados aos políticos.
Igual a si próprio, Marcelo gosta de ser um presidente afetuoso, otimista e feliz no cargo. Canta, dança, assiste a concertos no meio do publico e vai a eventos desportivos.
Nas milhentas histórias que já tem para contar aos netos, vai dizer-lhes que festejou e sorriu ainda mais no dia em que entregou a taça de Portugal ao Sporting de Braga.