Um movimento em defesa da escola pública convocou uma manifestação, em Lisboa, segundo informação da Federação Nacional de Professores.
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Um movimento em defesa da escola pública convocou uma manifestação para o dia 18 de junho, em Lisboa, segundo informação enviada às redações pela Federação Nacional de Professores (Fenprof).
De acordo com a informação do comunicado, por trás deste movimento estão cidadãos e cidadãs, organizações e entidades diversas da sociedade portuguesa que estão a promover uma petição "que reúne já dezenas de milhares de assinaturas".
Juntos por estes objetivos estão figuras públicas como Arménio Carlos, da CGTP-In, Ana Benavente, António Teodoro, David Rodrigues, da Associação Pró-Inclusão, Heloísa Apolónia, do Partido Ecologista Os Verdes, Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, Mário Nogueira, da Fenprof, ou Miguel Tiago, do PCP.
Ana Benavente, antiga secretária de Estado da Educação nos governos de António Guterres, considera
que a polémica entre o ministério e os privados só acontece agora porque o dinheiro está a acabar, por isso não passa de uma questão de lóbi.
Em defesa da escola pública, Ana Benavente, afirma que é preciso investir na escola que é de todos.
O objetivo da petição, assim como da manifestação, é por uma escola pública de qualidade e democrática.
"Num momento tão importante como o que vivemos na Educação, torna-se ainda mais importante afirmar a Escola Pública e, simultaneamente, rejeitar a ideia de que público e privado poderão ser uma e a mesma coisa", lê-se no comunicado.
Dizem respeitar todas as respostas educativas, mas apontam que oferta pública e privada "têm natureza diferente e como tal deverão ser respeitadas".
"Quanto a financiamento, ao Estado compete garantir o que seja adequado à Escola Pública, contratualizando com privados apenas nos casos em que há insuficiência de resposta pública", sustentam.
Defendem que a escola pública "é promotora de igualdade de oportunidades", razão pela qual a Constituição Portuguesa atribui ao Estado "o dever de promover uma rede de estabelecimentos públicos que satisfaça as necessidades de toda a população".
"Apesar das limitações impostas por motivos de vária ordem, no essencial, a Escola Pública tem cumprido a sua missão reconhecendo-se nela uma resposta de qualidade e para todos, fruto do esforço dos seus profissionais, de pais e encarregados de educação, de autarcas e de todos os que acreditam ser a Escola Pública motor de progresso e de construção de um futuro mais democrático e solidário", lê-se no comunicado.
De acordo com o comunicado, vão também marcar presença Isabel Gregório (CNIPE), Isidoro Roque (FERLAP), Manuel Pires da Rocha (Diretor do Conservatório de Coimbra), Norberto Pires, Paulo Sucena, Porfírio Silva (PS) e Santana Castilho.
A manifestação está marcada para as 14:30 de dia 18 de junho, no Parque Eduardo VII, em Lisboa.
Durante o dia de hoje, na Feira do Livro, haverá recolha de assinaturas para a petição, estando igualmente marcada uma Tribuna Pública para o dia 03 de junho, no Largo de Camões, em Lisboa.