Governo anunciou adiamento das demolições e esta quinta-feira anuncia que demitiu-se o presidente da entidade responsável pelos trabalhos na Ria Formosa.
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O presidente e um outro administrador da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa demitiram-se dos cargos. A informação é avançada pelo governo, dois dias depois do Ministério do Ambiente ter anunciado que a posse administrativa das casas sinalizadas para demolição no núcleo do Farol, no Algarve, tinha sido adiada.
Em vez de 27 de outubro, a posse das casas só vai avançar a 8 de novembro e o governo também admitiu que as 19 casas de pescadores não deverão ser demolidas.
Na terça-feira, o ministério também adiantava que tinha comunicado à Sociedade Polis a nova data argumentando com "o respeito pela Assembleia da República, que a 8 de novembro discute um conjunto de recomendações ao Governo sobre este tema".
Recorde-se que as demolições anunciadas tinham levantado vários protestos dos moradores e o adiamento tinha sido interpretado como um recuo do governo.
Esta quinta-feira, em comunicado, a tutela explica que depois da renúncia já começou a procurar um novo presidente e administrador para a Sociedade Polis.
O governo garante ainda que "os quatro grandes projetos anunciados da ponte para a Praia de Faro, do cais da Ilha de Tavira, do plano de praia do Ancão e do parque ribeirinho de Olhão vão prosseguir", bem como "os Planos de Reestruturação, Renaturalização e Requalificação das Ilhas Barreira da Ria Formosa vão manter-se tal como tem sido anunciado, admitindo-se, nesta fase algum atraso devido à renúncia agora tornada pública".