Não esqueceram a guerra nem as casas onde viveram na Síria, no Iraque, no Afeganistão. São crianças refugiadas à procura da infância perdida. Desenharam a pedido do jornalista André Naddeo.
Corpo do artigo
Através do desenho reconquistaram o sorriso. Rabiscam os dramas e os sonhos. Querem ser motoristas de autocarro, médicos ou jogar como o Ronaldo. Desenham a escola onde querem ser professores ou a casa que não têm. Os helicópteros que a bombardearam. Ou o coração triste a fugir da guerra.
André Naddeo é jornalista e esteve nos últimos meses com os refugiados na Grécia. primeiro nos campos do Pireu e depois na Grécia. Primeiro fotografou, depois colocou a máquina de lado e ajudou. Acha que perante a maior crise humanitária desde a segunda guerra mundial ninguém pode ficar indiferente.
É jornalista e voluntário. Encontrou vidas à espera de um rumo e E fez amigos entre as crianças. Encontrou irmãos separados pela guerra e «mães solteiras». Entre aspas, como diz, porque umas têm o marido ainda na guerra, outras querem juntar-se a ele num país da Europa Ocidental.
Anfré Naddeo trouxe para Portugal os desenhos e fotografias das crianças refugiadas. Das tendas do Pireu e das ruas de Atenas. Estão na exposição «Traços de uma Infância» e podem ser vistas na Galeria Wozen, Rua das Janelas Verdes, frente ao Museu de Arte Antiga.
A exposição é uma incitativa da Associação DrawFugees, com o apoio da UNICEF