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Carlos Alexandre, que tem em mãos processos como a "Operação Marquês", não tem dúvidas de que é vigiado, mas não aponta o dedo a ninguém.
Em entrevista à SIC, Carlos Alexandre diz ter poucos amigos e que desde que assumiu as funções que atualmente exerce, magistrado judicial do Tribunal Central de Instrução Criminal, tem uma vida mais discreta.
Diz que almoça em casa porque sente que, se o fizer fora, há quem queira ouvir-lhe as conversas. Mas não só: revela, com certeza absoluta, que é escutado, mas não aponta o dedo a ninguém porque "não está em condições de as comprovar".
O juiz Carlos Alexandre disse ainda que sabe perfeitamente quando o telefone está sob escuta.
Mas sente-se à vontade com isso e até ironiza.
"Já identifiquei várias vezes restolhar de papeis, água a marulhar, porque há pessoas que tem a possibilidade de ir para a praia nesta época do ano e por vezes descuidam-se com os aparelhos que tem à sua disposição. Eu falo abertamente com as pessoas com quem tenho de falar, não tenho segredos, não vejo motivo para tanta preocupação".