Ouvido pela TSF; Fernando Pinto lamentou a falta de responsabilidade de quem navega os drones e os faz entrar em espaço aéreo onde não devem estar.
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O presidente executivo da TAP admitiu esta segunda-feira que a empresa pode vir a tomar medidas contra os drones caso continuem a entrar em espaço aéreo onde não deve estar.
Ouvido pela TSF, Fernando Pinto reconhece que o drone é uma "ferramenta importante de trabalho", é uma boa tecnologia e pode até ser uma ferramenta de lazer, mas pode ser "destruída" pelo que chama de "irresponsabilidade de quem está voando os drones" e os lançam para o espaço aéreo reservado aos grandes aviões.
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"Existem normas que colocam limites a isso, que deixam tudo seguro. Mas se continuarem a penetrar no espaço aéreo, nós mesmos vamos defender que o drone não poderá mais voar. E isso poderá ser um movimento forte no mundo todo. Se acontecer algo mais sério com um avião vai haver com certeza que todos eles deverão ser impedidos de voar", explicou Fernando Pinto.
O presidente da TAP lamenta por isso a irresponsabilidade de alguns que colocam em causa uma nova tecnologia que pode conviver com a aviação desde que sejam respeitadas as regras.
No domingo à noite, um avião da TAP Express, operado pela White Airways, com mais de 70 passageiros, cruzou-se com um 'drone' a 900 metros de altitude, na aproximação ao Aeroporto de Lisboa.
O piloto do avião modelo ATR, que fazia a ponte aérea Porto--Lisboa, reportou, pelas 20:20, "um 'drone' a 50 metros da asa direita, a 900 metros de altitude", quando sobrevoava a zona do Pragal, Almada, e pouco antes de passar à vertical da Ponte 25 de Abril, acrescentando que o aparelho "media, no mínimo, um metro".