
Ministra sueca das Finanças criticou a isenção de impostos concedida a pensionistas da Suécia em Portugal, admitindo no entanto que "se mudam porque gostam de vinho verde devem poder fazê-lo".
A Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) convidou a ministra das Finanças da Suécia, Magdalena Andersson, para participar na próxima vindima. A ação visa responder às queixas da governante que, queixando-se do regime fiscal especial aplicado a reformados do seu e de outros países que vivem em Portugal beneficiando de isenção de tributação.
A organização de produtores do vinho verde aproveitou as declarações para promover a marca: o presidente da CVRVV enviou uma carta à Embaixada da Suécia, congratulando-se pelo "reconhecimento dos produtos da Região dos Vinhos Verdes num País com o qual Portugal mantém uma histórica relação de amizade" e avança com uma "ação de acolhimento" aos reformados suecos que vivem em Portugal, através da "oferta de uma garrafa de Vinho Verde" como manifestação de "Boas-vindas e agradável vizinhança".
A ministra, que já falou com Mário Centeno sobre o tema, acrescentou que se os pensionistas "se mudam para Portugal porque gostam de fado, vinho verde, ou do clima, devem poder fazê-lo. Mas se for só para evitar o pagamento de impostos, devem pensar sobre se querem mesmo tomar essa decisão". Para Andersson, "as pessoas devem pagar impostos ou em Portugal ou na Suécia" e "é inaceitável que o sistema português não cobre impostos" a estes reformados.