Sindicatos dos médicos apelam à capacidade negocial de António Costa para encontrar uma solução que possa impedir o agravamento do processo de luta.
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Na véspera da greve de dois dias, agendada para começar no dia 10 de maio, os sindicatos dos médicos pedem ao primeiro-ministro António Costa uma intervenção política.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) vão entregar terça-feira uma carta aberta ao primeiro-ministro na qual alertam para o conflito aberto com o Ministério da Saúde. Os médicos dizem que querer encontrar urgentemente uma solução que possa impedir o agravamento do processo de luta.
Ouvido pela TSF, Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos, adiantou que, ao pedir a intervenção política de António Costa, os médicos estão a apelar para a capacidade negocial do primeiro-ministro.
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As estruturas sindicais saíram da última reunião com o Ministério da Saúde com acusações de que houve um novo afastamento e que o ministro da Saúde está a empurrar os problemas com a barriga. Os sindicatos lamentaram também que Adalberto Campos Fernandes não tivesse conseguido convencer o ministro das Finanças a dar "luz verde" para a resolução dos problemas.
A greve dos médicos, marcada para 10 e 11 de maio, acontece na véspera da visita do papa ao Santuário de Fátima, numa altura em que há um reforço de segurança e da disponibilidade de hospitais e médicos.