André Mão-de-Ferro encontra-se na Antártida a recolher amostras para perceber a evolução dos poluentes num ecossistema natural. Dois biólogos portugueses juntam-se a este engenheiro ambiental esta quarta-feira.
Um século depois da chegada de Roald Amundsen à Antártida, está em curso a maior expedição científica portuguesa à imensa terra dos pinguins.
Um engenheiro ambiental e dois biólogos portugueses integram uma campanha que também envolvem investigadores europeus, norte-americanos e até da Coreia.
Depois de uma viagem de uma semana, que incluíram três dias de barco com ondas de cinco e seis metros, André Mão de Ferro foi recebido por uma colónia de pinguins.
Este aluno do Mestrado de Engenharia Ambiental do Instituto Superior Técnico é por agora o único português nesta região gelada e passa os dias a recolher amostras para perceber a evolução dos poluentes num ecossistema natural.
«Por ser isolado, serve de tubo de ensaio e con seguimos perceber aqui fenómenos que se passam a nível global. É extremamente importante conseguir aqui as amostras», explicou este engenheiro ambiental.
André Mão de Ferro adiantou ainda que a ilha da Antártida onde está agora tem temperaturas de zero graus, ao contrário de outras partes deste continente gelado, onde o termómetro desce aos 15 ou 30 graus negativos.
No Pólo Sul, não há noite nesta altura do ano e na região onde se encontra o engenheiro ambiental português consegue ver por volta da meia-noite uma «luz azul à volta da baía, o que faz um cenário realmente incrível».
Esta quarta-feira, dois biólogos portugueses juntam-se a André Mão de Ferro, mas estes para estudar o comportamento dos pinguins.