A bolsa portuguesa encerrou, esta segunda-feira, em forte queda com o PSI20 a cair quase dez porcento, a maior descida de sempre desde a sua criação. A Europa também viveu um dia negro. Na origem destas fortes perdas estiveram novamente os receios em relação aos efeitos da crise do mercado de crédito.
A bolsa portuguesa registou hoje a maior queda de sempre, com o índice de referência PSI20 a perder 9,86 por cento para 6.954,87 pontos, arrastado pelas perdas da banca e dos pesos pesados EDP e Galp Energia.
O índice principal da bolsa portuguesa caiu assim abaixo da fasquia dos 7 mil pontos, numa sessão marcada pelas fortes perdas da Galp (13,06 por cento), EDP (16,44 por cento), EDP Renováveis (12,09 por cento), BCP (7,25 por cento), BES (9,14 por cento) e BPI (7,76 por cento).
Na origem destas fortes perdas estiveram novamente os receios em relação aos efeitos da crise do mercado de crédito.
A PT caiu 6,52 por cento para 6,55 euros, ao passo que a Brisa caiu 5,80 por cento para 12,07 euros e a Sonae SGPS deslizou 9,8 por cento para 0,46 cêntimos.
As construtoras também sentiram na pele os efeitos da crise, devido aos receios de que as dificuldades no mercado de crédito poderão conduzir ao adiamento das grandes obras públicas previstas para o próximo ano.
Neste contexto, a Mota Engil perdeu 8 por cento para 2,76 euros, ao passo que a Teixeira Duarte caiu 4,57 por cento para 0.89 euros.
A Portucel registou a menor perda entre as vinte cotadas que integram o índice de referência nacional, ao perder 3,54 por cento para 1,77 euros - uma descida que, num dia normal, seria a mais significativa da sessão.
As principais praças financeiras da Europa registaram igualmente fortes perdas, com Paris a perder 9,04 por cento, Frankfurt a descer 7,33 por cento, Madrid a cair 6,06 por cento e Londres a deslizar 7,29 por cento.
Os índices norte-americanos também estão a negociar no 'vermelho', com o Dow Jones Industrial Average a perder 4,10 por cento e o Nasdaq a cair 4,89 por cento.
Para António Costa, director do Diário Económico, com as bolsas muito nervosas é previsível que a praça portuguesa acompanhe as perdas dos restantes mercados europeus, tendo em conta que o PSI20 é um índice pequeno e com poucos títulos.