A Câmara de Lisboa já tinha tentado vender estes terrenos em 2015, mas tal acabou por não acontecer por falta de propostas de interessados, mesmo depois de várias tentativas.
A terceira tentativa de venda dos terrenos da antiga Feira Popular de Lisboa, em Entrecampos, não se realizou, tendo ficado a hasta pública reagendada para dia 12 de dezembro, confirmou à Lusa a Câmara Municipal.
De acordo com fonte oficial do município, a hasta pública de duas parcelas e dois lotes de terreno que fazem parte da chamada Operação Integrada de Entrecampos foi "adiada para dia 12", mas os "três concorrentes mantêm-se".
As propostas recebidas pela Câmara de Lisboa para aquisição destes terrenos foram apresentadas pelas empresas Fidelidade Property Europe, SA., Dragon Method, SA., e MPEP -- Properties Escritórios Portugal, SA..
A hasta esteve inicialmente marcada para o dia 12 de novembro, mas foi adiada por duas semanas, depois de a Câmara ter recebido, no dia 07, um ofício do Ministério Público (MP), que levantava questões relativamente ao projeto de requalificação da zona.
Já no dia 09 de novembro, a Câmara de Lisboa respondeu às questões colocadas pela procuradora Elisabete Matos, considerando que tinham ficado esclarecidas "quaisquer dúvidas" relativamente à legalidade do projeto.
Porém, no dia 22 de novembro, o MP aconselhou a Câmara de Lisboa, num novo conjunto de questões enviadas, a "reponderar" o projeto de requalificação, "com vista a acautelar possíveis ilegalidades", indicou então à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Por isso, a hasta foi aberta no dia 23, mas acabou por ser interrompida para os candidatos poderem analisar as questões colocadas pelo MP, tendo ficado previsto que retomasse esta segunda-feira.
Na altura, foi indicado que não seria possível apresentar novas propostas, mas que aquelas entregues até então permaneceriam "invioladas" e guardadas "dentro dos cofres da tesouraria do município de Lisboa".
Segundo indicou esta segunda-feira fonte da Câmara Municipal de Lisboa (CML), este novo adiamento serve para os candidatos terem ainda "mais tempo para analisar o processo e a resposta da CML às críticas do MP".
A CML já tinha tentado vender estes terrenos em 2015, mas tal acabou por não acontecer por falta de propostas de interessados, mesmo depois de várias tentativas.