Mário Nogueira acusa governo de intransigência e secretária de Estado da Educação assegura que Governo não vai hipotecar o futuro dos portugueses e dos próximos executivos.
Governo e professores continuam sem acordo. Os sindicatos dos professores e o Ministério da Educação estiveram reunidos, esta manhã, para negociações suplementares sobre a recuperação do tempo de serviço congelado e, no final, confirmaram que não houve qualquer avanço.
Mário Nogueira, em declarações à RTP, conta que os professores voltaram a esbarrar contra o muro de intransigência do ministério e os sindicatos reúnem-se ainda esta tarde para discutir novas formas de luta em 2019.
"Eles não estão para ceder, quer dizer que não estão para negociar, ou seja, não estão para nada e, portanto, em 2019 vão ter de contar com mais um processo negocial e com certeza absoluta com uma fortíssima luta dos professores", assegurou o dirigente da Fenprof.
No seguimento, o sindicalista revelou ainda que esta tarde as organizações irão reunir para "pensar nesta luta porque este tempo é dos professores e ninguém o pode tirar".
A secretária de Estado da Educação, Alexandra Leitão, considera que intransigentes são os sindicatos, ao insistirem na recuperação total do tempo de serviço.
Os sindicatos propuseram aceitar os dois anos e nove meses, propostos pelo governo, numa primeira fase, discutindo a forma de recuperação do restante tempo a partir de 2020, uma proposta rejeitada de forma imediata pelo governo.
"O que nos estavam a sugerir é que atirássemos para outros governos o ónus de resolver este assunto, mas este governo é responsável e não vamos dar agora um passo maior que a perna que se calhar resolvia o problema no imediato e que hipotecava o futuro dos próximos governos e sobretudo do portugueses e é isso que nós não faremos", garantiu a governante.