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Pelo menos nove jornalistas foram detidos pelas forças de Maduro

epa07325917 Members of civil society arrive at the control post of the presidential residence, known as La Casona, to deliver the Amnesty Law, in Caracas, Venezuela, 27 January 2019. The Venezuelan opposition began today a campaign to get the military and police of the country the text of a law recently approved by Parliament, where it exercises a strong majority, and seeks officials to ignore the Government of Nicolas Maduro. EPA/Leonardo Munoz EPA

Há pelo menos três jornalistas venezuelanos e vários estrangeiros detidos junto ao palácio presidencial venezuelano. Governos de Espanha e Colômbia já exigiram que Caracas os liberte.

O repórter espanhol Gonzalo Loeda, a jornalista colombiana Maurén Barriga Vargas e o fotógrafo colombiano Leonardo Muñoz foram detidos na capital da Venezuela pelo Serviço Nacional de Inteligência Bolivariano, avança a agência de notícias espanhola EFE. Os três profissionais faziam parte de uma equipa da EFE que viajou de Bogotá para Caracas para cobrir a atual crise venezuelana.

Os governos de Espanha e da Colômbia já reagiram a estas detenções. O colombiano pediu a "libertação imediata" do fotógrafo Leonardo Muñoz, que até há pouco era dado como desaparecido, bem como da jornalista Maurén Vargas, que ainda se encontra detida.

Por seu lado, o Governo de Espanha também já tomou posição e emitiu um comunicado, divulgado pela Moncloa, onde referiu que está a par da situação, em contacto permanente com a embaixada espanhola em Caracas, e que está a "tomar todas as medidas necessárias para garantir a libertação [de Gonzalo Loeda] com o menor atraso possível".

"O executivo, mais uma vez, pede às autoridades venezuelanas que respeitem o Estado de direito, os direitos humanos e as liberdades fundamentais, das quais a liberdade de imprensa é uma pedra angular", acrescenta a declaração emitida por Madrid.

Também os jornalistas Pierre Caillet e Baptiste des Monstiers, repórteres do programa Quotidien, conduzido por Yann Barthes e transmitido pelo canal TF1, foram detidos quando filmavam o exterior do palácio presidencial venezuelano.

Estes jornalistas franceses foram detidos juntamente com o seu produtor audiovisual, o venezuelano Rolando Rodríguez. A informação foi avançada pelo próprio programa televisivo. Até momento, não se conhece se os jornalistas já foram libertados.

Gonzalo Barahona e Rodrigo Pérez, jornalistas da Televisão Nacional do Chile, e Mayker Yriarte e Ana Rodríguez, repórteres do canal digital VPI, foram também detidos por membros da segurança presidencial venezuelana, esta terça-feira, junto ao palácio presidencial em Caracas, confirmou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa.

Barahona e Pérez chegaram à capital venezuelana para realizarem a cobertura da grave crise política e da instabilidade que se vive no país.

Juan Guaidó depressa reagiu a esta detenção, usando mesmo o termo "sequestrados" durante as suas declarações. "Em nome de todos os venezuelanos agradecemos a estes corajosos jornalistas chilenos que foram sequestrados por mais de 14 horas", afirmou o presidente da Assembleia Nacional do país.

Depois disto, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa já assegurou que os jornalistas chilenos foram libertados e deixaram a Venezuela na noite de quarta-feira.