Depois de ontem ter visitado as obras de remodelação do IP3, na região de Penacova, entre Coimbra e Viseu, António Costa esteve, na tarde desta quarta-feira, no estaleiro das obras da ala pediátrica do Hospital de São João, no Porto.
A segunda ação consecutiva de campanha em visita a obras que arrancaram agora neste final de legislatura. Na tentativa de esclarecer se não havia confusão de papéis, os jornalistas tentaram perceber junto do secretário geral do PS se estava ali também enquanto primeiro-ministro. Costa já havia respondido na terça-feira, nas obras do IP que a visita a obras está a acontecer enquanto candidato, mas lá foi dizendo que o governo existe para resolver problemas e que este problema fica resolvido.
Aparentemente as obras estão em curso, muito embora a visita tenha sido feita apenas ao estaleiro, onde o candidato socialista foi acompanhado pelo responsável das obras, que lhe apresentou as plantas e descreveu o que ali vai nascer, e também na companhia de Fernando Araújo, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João.
A nova ala pediátrica do São João foi assunto conturbado e muito discutido, tendo provocado indignação da opinião pública em geral, uma vez que as crianças da região Norte com problemas oncológicos estavam internadas em contentores. Uma situação resolvida pelo atual governo e que Costa, o candidato, lembrou no estaleiro das obras no Porto. "Satisfação em ver que não chegamos ao fim deste governo sem que aquilo que esteve parado tanto tempo esteja agora em ação. Os projetos estão feitos, os concursos de empreitada foram tratados, os contratos foram feitos e a obra já se iniciou", garantiu.
Uma obra de 27 milhões de euros, que arrancou no dia 25. Para já só há estaleiro e foi onde António Costa, na rota pela obra feita, na primeira pessoa do plural ["não chegamos ao fim deste governo"] reforçou a sua mais valia. "Durante muitos anos se discutiu se o projeto era este ou aquele. Agora a obra esta a andar e não pode parar. Está lançada e temos 18 meses para execução", adiantou.
O edifício vai surgir por cima da urgência pediátrica atual.
No final da visita, António Costa não quis responder aos jornalistas a questão do adiamento da questão permanente de Tancos para depois das eleições, por entender que este é um tema que está fora da campanha. "Não vou estar a falar de matérias laterais que manifestamente não creio que estejam nas prioridades da generalidade dos portugueses e seguramente não estão nas minhas", diz.