Desporto

"Com um cinto e a soco". Jesus conta como foi agredido duas vezes em Alcochete

Jorge Jesus prestou declarações por videoconferência no Tribunal de Almada Carlos Costa/Global Imagens

O ex-técnico descreveu, através de videoconferência, o ataque à Academia de Alcochete

O antigo treinador do Sporting, de 65 anos, está a ser ouvido no Tribunal de Monsanto, na 17.ª sessão do julgamento do ataque a Alcochete, esta terça-feira.

Jorge Jesus disse ao tribunal que foi agredido duas vezes. O técnico encontrava-se no campo de treinos e, quando se apercebeu da invasão, correu para os vestiários da equipa, acabando por ser agredido por duas vezes: com um cinto, no interior do edifício onde ficam os balneários e depois quando voltou a deslocar-se para o exterior, com um soco que deixou o treinador a sangrar.

O técnico afirmou ainda que reconheceu o ex-líder da claque Juventude Leonina, Fernando Mendes tendo-o interpelado: "Estás a ver o que me estão a fazer? São todos uns cobardes!"

"Foi tudo foi muito rápido. Não demorou muito mais de 5 minutos", explicou o então treinador leonino, que conta ainda que quando finalmente entrou no balneário viu jogadores a chorar, "sobretudo o Bas Dost".

Cerca "de uma ou duas horas" depois, surgiu Bruno de Carvalho. O ex-presidente do Sporting falou com Jorge Jesus e, segundo o treinador "gostava de falar com os jogadores, mas eles não quiseram", relatou o atual treinador do Flamengo.

Jorge Jesus descreveu ainda duas reuniões, uma primeira que lugar depois da derrota do Sporting frente ao Atlético de Madrid, e a segunda na véspera do ataque e na qual Bruno de Carvalho lhe comunicou que "tinha chegado ao fim da linha".