O jornalista Paulo Jorge Pereira junta, em livro, sete histórias de violência doméstica que terminaram com as mulheres a começarem vidas novas, longe dos agressores.
Sete nomes próprios contam sete histórias que não acabaram tarde demais, mas acabaram tarde.
São sete mulheres que, durante anos, sofreram humilhação, discriminação e várias formas de violência.
Paulo Jorge Pereira escutou-lhes os relatos, de vidas que ficaram para trás, dentro do que é possível deixar para trás em histórias como estas.
O jornalista juntou-lhes depois análises de peritos em múltiplas áreas que acompanham casos de violência doméstica, desde procuradores a polícias, passando por técnicos sociais e elementos da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima.
O autor conta à TSF que cada história foi, para ele, um "murro no estômago".
Se tiver de encontrar um ponto comum na forma como acabaram os dias de violência para estas mulheres, Paulo Jorge Pereira aponta a existência de filhos, e sinaliza o momento em que os filhos são também vítimas e testemunhas da violência.
Nos relatos das sete vítimas de violência, há ainda um recorrente prolongar das histórias, sem que pessoas próximas ou autoridades tenham agido.
Numa entrevista à TSF, Paulo Jorge Pereira lembra que, na esmagadora maioria dos casos de violência doméstica, as mulheres têm de deixar as casas onde moram, para começar uma nova vida, longe dos agressores.
"Murro no estômago", de Paulo Jorge Pereira, é editada pela Influência 2020 Editores.