O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, João Palma, garante que é possível entrar no sistema Citius e não deixar rastro.
É a devassa completa dos processos. João Palma não poupa nas palavras para denunciar as falhas no sistema Citius.
O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público garante que há quem entre no sistema informático que faz a gestão dos processos judiciais e saia sem deixar rasto.
João Palma acrescenta ainda que até os processos que estão em segredo de justiça não estão a salvo.
Em declarações ao jornal i, João Palma exemplifica. Muitas vezes, os magistrados estão a trabalhar nos computadores e surgem avisos de que há outras pessoas no sistema, interferências que não é possível identificar a origem ou quantificar.
Uma vez que a maioria da informação é partilhada em rede pelos 25 mil terminais do Ministério, a segurança dos processos em segredo de justiça está ameaçada.
João Palma diz ainda que pediu ao Ministério da Justiça auditorias de segurança ao sistema e que os pedidos nunca foram atendidos.
Na resposta, o Ministério garante que são feitas verificações periódicas de segurança e funcionalidade do Citius e recusa comentar as acusações de João Palma que classifica de «afirmações vagas, infundadas e não provadas».