Economia

Confiança dos consumidores atinge em junho máximo desde fevereiro de 2022

Quanto ao indicador de clima económico, "estabilizou em junho, após ter diminuído no mês anterior" Pedro Granadeiro/Global Imagens (arquivo)

A evolução "resultou do contributo positivo de todas as componentes: expectativas de evolução da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes por parte das famílias".

O indicador de confiança dos consumidores aumentou em junho para o valor máximo desde fevereiro de 2022, enquanto o indicador de clima económico estabilizou, depois da descida no mês anterior, divulgou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo os resultados dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores do INE, "o indicador de confiança dos Consumidores prolongou em junho a trajetória ascendente iniciada em dezembro, atingindo o valor máximo desde fevereiro de 2022, após ter registado em novembro o valor mais baixo desde o início da pandemia em abril de 2020".

Quanto ao indicador de clima económico, "estabilizou em junho, após ter diminuído no mês anterior", tendo os indicadores de confiança aumentado na construção e obras públicas e nos serviços, e diminuído na indústria transformadora e do comércio.

Segundo o INE, a evolução do indicador de confiança dos consumidores em junho "resultou do contributo positivo de todas as componentes: expectativas de evolução futura da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes por parte das famílias, assim como das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar".

O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país "aumentou significativamente entre abril e junho", atingindo o valor mais elevado desde fevereiro de 2022 e "retomando a trajetória ascendente observada desde novembro de 2022, que havia sido interrompida em março".

O saldo das perspetivas sobre a evolução futura da situação financeira do agregado familiar aumentou pelo terceiro mês consecutivo, também "retomando o perfil positivo iniciado em novembro de 2022".

Por sua vez, o saldo das opiniões sobre a evolução passada dos preços "diminuiu significativamente em maio e junho, afastando-se do patamar elevado em que se encontrava e próximo do valor máximo registado em outubro, no seguimento da trajetória acentuadamente ascendente iniciada em março de 2021".

O saldo das perspetivas relativas à evolução futura dos preços "diminuiu em junho para o valor mínimo registado desde fevereiro de 2021", e retomou a trajetória "marcadamente descendente observada desde março de 2022", quando atingiu o valor máximo da série.

Na indústria transformadora, a confiança diminuiu entre abril e junho, após ter aumentado entre novembro e março, sendo esta evolução atribuída ao "contributo negativo das perspetivas de produção e das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados, tendo as opiniões sobre a evolução da procura global contribuído positivamente".

Segundo o instituto estatístico, o indicador de confiança diminuiu em todos os agrupamentos: bens de consumo, bens de investimento e bens intermédios.

Por seu turno, o indicador de confiança da construção e obras públicas aumentou em junho, depois de ter diminuído em maio. O INE atribui esta evolução ao contributo positivo das perspetivas de emprego e das apreciações sobre a carteira de encomendas, que atingiram um novo máximo desde dezembro de 2001.

No comércio, o indicador de confiança diminuiu entre março e junho, "contrariando o movimento ascendente iniciado em novembro", devido às negativas "apreciações sobre o volume de stocks e das perspetivas de atividade da empresa, tendo as opiniões sobre o volume de vendas contribuído positivamente".

Dentro do setor, o indicador de confiança aumentou no comércio por grosso e diminuiu no comércio a retalho.

Nos serviços, a confiança aumentou em junho, depois de ter "diminuído expressivamente no mês precedente".

A evolução foi, segundo o INE, resultado do "contributo positivo das apreciações sobre a atividade da empresa, tendo as opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas estabilizado e as perspetivas relativas à evolução da procura contribuído negativamente".

Lusa