Saúde

Profissionais do D. Estefânia fazem protesto em silêncio

Maternidade Direitos Reservados

Profissionais do hospital materno-infantil D. Estefânia, em Lisboa, realizam, esta quarta-feira, Dia Mundial da Criança, um protesto em silêncio contra o fecho do serviço de urgência da maternidade.

A Plataforma Cívica em Defesa do Património do Hospital de Dona Estefânia e de um novo Hospital Pediátrico para Lisboa está contra o fecho do serviço de urgência da maternidade na segunda-feira.

Ouvido pela TSF, o médico Mário Coelho disse que há três anos que os profissionais daquela unidade hospitalar, bem como deputados e ainda cem mil cidadãos, dizem que «Lisboa não pode ser a única capital do mundo civilizado» a fechar o serviço de urgência de um hospital pediátrico.

«As crianças não podem ficar perdidas», defendeu, lamentando que a ministra da Saúde, Ana Jorge, apenas tenha dado alguma informação sobre o assunto quando pressionada pela Comissão Parlamentar da Saúde.

Como a ministra da Saúde «não ouve», os profissionais não têm outra alternativa a não ser «protestar em silêncio», justificou.

O pediatra disse ainda que «há muito hipocrisia de alguns políticos irresponsáveis quando festejam, com declarações, o Dia da Criança e depois prejudicam» crianças e pais.

Mário Coelho acusou ainda o Governo de «cobardia» por encerrar o serviço de urgência da maternidade um dia depois das eleições.

Entretanto, o médico Gintil Martins também considerou o calendário escolhido para o fecho «totalmente inoportuno», por ocorrer logo a seguir às eleições.

O médico defendeu que a decisão devia ser deixada para o próximo Governo ou então tomada há algum tempo e «com diálogo».