O Ministério Público concluiu que não houve crime no caso dos quatro idosos que em Dezembro de 2010 faleceram num lar ilegal na Charneca da Caparica, em Almada, e arquivou o inquérito.
A informação foi avançada esta quinta-feira pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, através do seu site na Internet, onde ainda se pode ler que «os falecidos estavam nutridos, hidratados, higienizados e medicados e não revelavam sinais de violência».
A mesma nota acrescenta que «os demais utentes e seus visitantes corroboraram o sentido das perícias quanto ao cuidado com os idosos por parte do pessoal» e que «as instalações estavam higienizadas».
Recorde-se que este lar ilegal foi encerrado pela Segurança Social no dia 7 de Dezembro de 2010 na sequência de um alerta feito pelo Instituto Nacional de Emergência Médica, que, chamado ao local para prestar socorro a uma idosa, se deparou com outros três corpos.
Também nesse dia o Ministério Público de Almada informou que abrira um inquérito para averiguação da causa das mortes.
Os primeiros resultados das autópsias realizadas aos corpos foram inconclusivos. Depois, em Março, na sequência de novos exames, fonte da Procuradoria-Geral da República disse à Lusa que os relatórios médico-legais apontavam para a morte natural dos quatro idosos.
Em declarações aos jornalistas, um dia depois de o lar ter sido encerrado, a proprietária assegurou estar «de consciência tranquila» e sublinhou, nessa altura, que «os quatro idosos falecidos tinham problemas de saúde».