O presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República lembra que relatórios individuais para investigar pessoas são «absolutamente ilegais».
O presidente do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa lembrou que o Governo estaria a cometer uma ilegalidade caso tivesse solicitado uma investigação a Bernardo Bairrão.
Em declarações à TSF, Marques Júnior sublinhou que os «serviços negam que alguma vez tenham recebido» um pedido como este, que seria uma «acção absolutamente ilegal».
«Nem o Governo podia fazer esse pedido e confirma que não o fez nem os serviços podiam responder a um pedido desse tipo. Eles também confirmam que efectivamente não lhes foi feito sequer um pedido», explicou.
Marques Júnior esclareceu que «este tipo de relatórios individuais para investigar uma pessoa não podem ser pedidos», «só se houvesse questões que tivessem a ver com a segurança do Estado, coisa que efectivamente não é o caso».
«Se houver desenvolvimentos continuaremos a acompanhar os elementos que houver relativamente a esta matéria, mas não percebemos como esta questão pode efectivamente surgir», adiantou.
O presidente deste Conselho de Fiscalização não ficou ainda surpreendido com o pedido de esclarecimentos feito por Bernardo Bairrão a propósito deste caso.
«Naturalmente, ele também deve saber que uma situação destas era manifestamente ilegal e é legítimo que esse pedido tenha sido feito. É perfeitamente natural que a reacção do dr. Bernardo Bairrão», concluiu.