Educação

Ministro desvaloriza avaliação dos professores em topo de carreira

O ministro da Educação desvalorizou, esta sexta-feira, a avaliação do desempenho dos professores no topo da carreira e defendeu mais horas no ensino da Matemática.

Depois de anunciar aos professores como vai ser o sistema de avaliação de desempenho a partir de Setembro, Nuno Crato esteve esta sexta-feira à noite em Coimbra onde considerou que os docentes em topo de carreira podem não ser avaliados.

«Os professores em topo de carreira não precisam de progredir, podem ser avaliados ou não, é uma coisa que estamos a discutir, mas já não é com o mesmo sentido», disse.

Nuno Crato desdramatizou o regresso dos professores destacados às escolas onde estão colocados, porque, frisou, o lugar dos professores é na sala de aula.

«Há um número muito elevado de professores fora da sala de aula, cerca de 4000», o que representa um custo para o Ministério, disse, adiantando que, apesar de ser necessário analisar caso a caso entre os docentes destacados, «no geral os professores devem estar na sala da aula».

Falando à margem das primeiras Olimpíadas de Matemática da Lusofonia em Coimbra, Nuno Crato deixou um incentivo ao trabalho de alunos e professores: «Em Portugal passámos quase três décadas até conseguimos uma medalha de ouro nas olimpíadas internacionais, há muito trabalho a fazer».

Esta situação altera-se, na opinião do ministro, «com experiência, com o apoio de professores dedicados, com o apoio das sociedades de Matemática» e com mais horas lectivas para a Matemática. «Precisamos desenvolver o ensino da Matemática», reforçou.

Sobre os cerca de 1500 auxiliares de acção educativa cujos contratos terminam no próximo domingo e que as câmaras municipais afirmam não poder renovar, o ministro disse esperar que o problema se resolva, mas prometeu estar atento à evolução da situação.