O primeiro-ministro espanhol defendeu, no parlamento, um limite constitucional ao défice das contas públicas, num processo que deve apostar «em todo o consenso possível».
José Luis Rodríguez Zapatero, que falava num plenário extraordinário do Congresso de Deputados, explicou ter debatido a medida, defendida já por vários líderes europeus, com o líder da oposição, Mariano Rajoy, do Partido Popular (PP).
A proposta de Zapatero defende ainda que a reforma abranja definições de tectos de despesa, tanto a nível da administração central como dos governos regionais.
Mas para avançar este processo precisa de todo o «consenso possível», defendeu o primeiro-ministro espanhol.
Mariano Rajoy, do PP, já manifestou a sua disponibilidade para dar luz verde à proposta.
Contudo, este acordo não abrange o pacote extraordinário de medidas anti-crise. O líder da oposição acusa o executivo de seguir uma política de «ziguezagues».
No debate desta manhã, para votar um decreto-lei com as linhas de combate ao défice, Mariano Rajoy falou em «40 pacotes» de medidas que além de fugazes não terão efeitos.
Em cima da mesa está a racionalização dos gastos farmacêuticos, com uma aposta nos genéricos, a alteração aos pagamentos por conta do Imposto das Sociedades que mais facturam e um incentivo à compra de casa nova, com a redução do IVA aplicada nos próximos quatro meses.