O secretário-geral da Fenprof disse, esta quarta-feira, que as negociações em torno da nova proposta do Governo para a avaliação do desempenho dos professores «dificilmente encerrarão com acordo».
«Temos uma reunião com o Ministério da Educação (ME) na sexta-feira. É uma reunião em que supostamente devia encerrar-se o processo negocial, mas em que dificilmente, a encerrar-se, será com acordo», admitiu esta tarde Mário Nogueira.
O líder da Fenprof e coordenador do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) falava aos jornalistas, em Coimbra, no âmbito de um plenário de professores e educadores realizado no auditório da Escola Secundária José Falcão, onde foi discutido o documento do ME sobre avaliação do desempenho.
O modelo agora apresentado «é exactamente igual à proposta anterior, que tinha merecido o desacordo da Fenprof», disse o sindicalista.
«Pensávamos que iríamos ter uma versão diferente, mas aquilo é muito igual. Ainda assim queremos ouvir os colegas», declarou.
Apesar das reservas que coloca desde já ao modelo, o secretário-geral da Fenprof disse que cabe aos associados, em plenários descentralizados nos distritos, opinarem sobre «as condições para haver um eventual acordo com o Ministério da Educação».
«São muitos os aspectos que impedem esse acordo, como a existência de quotas, a existência de cinco menções avaliativas, ao invés das três que existem no ensino particular e cooperativo, e as implicações que estas avaliações têm nos concursos», reiterou.