Perto de meia centena de professores manifestaram ao primeiro-ministro a sua preocupação e descontentamento em relação aos cortes no orçamento da Educação, durante uma concentração em Viseu.
Ao chegar ao segundo centro educativo que inaugurou em Viseu, Passos Coelho tinha à espera responsáveis da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), nomeadamente o seu secretário-geral, Mário Nogueira.
Segundo Mário Nogueira, os professores estão «preocupados pelo o que pode ser o curso do ano escolar».
Isto porque, explicou, «ao corte de 800 milhões deste ano, se juntará um novo corte de 500 milhões no próximo ano, sendo «1.300 milhões um quarto do orçamento total» no sector da Educação.
Por sua vez, Passos Coelho afirmou que «não há nenhum Governo que queira gastar menos na Educação, na Saúde ou na Segurança Social por simples prazer».
«Portanto, não é possível cumprir as metas que temos para o orçamento do Estado, para o défice e para a dívida sem, também na Educação, fazer pelo menos tão bem ou melhor gastando menos», defendeu, afirmanndo contar com a colaboração dos professores neste processo.
Dirigindo-se a Passos Coelho, Mário Nogueira, da Fenprof, lamentou que mais professores tenham ficado sem colocação, não «porque de repente as escolas ficaram a precisar de menos professores», mas «porque foram tomadas medidas nesse sentido, nomeadamente ainda no final da governação anterior» e que foram adoptadas pela actual equipa do ministério.