Artes

Arquivo&Museu timorense publicou documentos da resistência

O Arquivo&Museu da Resistência Timorense, em Díli, recolheu já 50 mil documentos, dos quais 30 mil se encontram digitalizados e disponíveis na Internet.

O Arquivo&Museu recolheu um total de 50 mil documentos relativos à resistência timorense à ocupação indonésia (1975-1999) «com o apoio de equipas da Fundação Mário Soares [de Lisboa]», e também objectos e está interessado em dar a conhecer «a resistência timorense à invasão japonesa na II Guerra [mundial (1939-45)], ao lado das tropas aliadas».

À margem do VI Encontro de Museus de Países e Comunidades de Língua Portuguesa, que decorre no Museu Oriente, em Lisboa, Antoninho Batista Alves, director executivo do Arquivo & Museu, sublinhou que toda a documentação recolhida foi alvo de «um tratamento especializado» e foi digitalizada.

Além de documentação escrita, fotográfica e «peças de imprensa», o Arquivo & Museu quer preservar objectos utilizados pela guerrilha no terreno, como armas e instrumentos de comunicação, assim como pelas diferentes frentes no exterior.

O Encontro de Museus de Países e Comunidades de Língua Portuguesa, organizado pelo ICOM Portugal termina hoje, estando previstas, entre outras, as intervenções de Daniel Reis, do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, Ana Mercedes Stoffel, da Universidade Lusófona e de Iêdo Lopes, da Fundação Casa Grande -- Memorial Homem Karini, de Nova Olinda (Brasil).

A sessão de encerramento está marcada para as 16h00, com a presença do secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, entre outras personalidades.