Os juros da dívida soberana portuguesa estão hoje a cair em todos os prazos no mercado secundário, um movimento de quebra que é também acompanhado pelos títulos na Grécia, segundo os dados da Bloomberg.
Pelas 9h25, os juros exigidos pelos investidores para comprar títulos soberanos a dois anos estavam a transaccionar nos 17,121 por cento, abaixo dos 17,340 por cento da média da sessão de quarta-feira, enquanto o spread face à dívida alemã (referencial para a Europa) atingia os 1.640 pontos base.
Também no prazo dos cinco anos, os juros recuavam para os 14,330 por cento (face aos 14,346 de quarta-feira), com o spread nos 1.290 pontos base.
Na maturidade dos dez anos, os juros caíam igualmente com as taxas cobradas pelos investidores para transaccionar dívida portuguesa a fixarem-se nos 11,566 por cento, abaixo dos 11,572 por cento da sessão anterior. O spread neste prazo situava-se nos 937,1 pontos base.
Esta mesma tendência da dívida pública portuguesa registava-se na Grécia, com os juros a baixarem nos dois, cinco e dez anos.
A dois anos, no mercado secundário, situavam-se nos 73,483 por cento, contra 73,496 por cento do dia anterior, enquanto a cinco anos os investidores negociavam nos 29,437 por cento (29,711 por cento na quarta-feira).
Na maturidade dos 10 anos, no caso da Grécia, os juros caiam ligeiramente para os 24,118 por cento, contra 24,120 por cento do dia anterior.
Os investidores estão a aguardar pela Cimeira Europeia, adiada de 17 para 23 de Outubro, que irá, «esperam», avançar com uma solução «consistente, sustentável e global» para resolver a crise da dívida e do euro.
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, considerou que vão ser ainda precisos «mais elementos para avaliar a situação na Grécia», recapitalizar os bancos e por a funcionar, de forma flexível, o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEFF).
O conjunto destas medidas irá ser apresentado na cimeira do G20, que se reúne em Cannes, no sul de França, em 3 de Novembro.