Vida

Inundações isolam aeroporto de Banguecoque

Cheias em Banguecoque Reuters

As acessos ao aeroporto da capital tailandesa para voos domésticos ficaram inundados esta segunda-feira, mas o local, bem como grande parte da cidade, ainda não foi afectado.

De acordo com um porta-voz dos Aeroportos da Tailândia, citado pela agência AFP, os carros de menor dimensão estão impedidos de passar para as estradas que dão acesso ao aeroporto de Don Muang. «Estamos a lutar contra a água», acrescentou.

O aeroporto acolhe também um centro de auxílio às vítimas das cheias no norte de Banguecoque, um dos primeiros bairros da capital a ser afectado pelas piores inundações das últimas décadas no país.

As autoridades da capital, que tem 12 milhões de habitantes, emitiram esta segunda-feira novos alertas em vários bairros de Banguecoque e apelaram aos residentes das zonas mais baixas para abandonarem a suas casas e transferirem os bens para os pisos mais altos.

Ao início da madrugada, o governador de Banguecoque, Sukhumbhand Paribatra, lançou o aviso de que à medida em que a água sobe, vários diques não iriam resistir à pressão e que várias zonas ficarão alagadas com a água a chegar aos 80 centímetros.

«Todos os indícios apontam para uma única conclusão: um problema crítico vai acontecer», disse Sukhumbhand Paribatra numa mensagem divulgada pela televisão em que adverte os moradores de Sai Mai, Don Mueng, Laksi, Bang Khen, Bang Sue e Chatuchak para se prepararem para uma possível saída.

Outra questão que preocupa as autoridades são as zonas adjacentes ao rio Chao Phraya, a via natural em direcção ao mar desde as zonas das províncias centrais e que cruza a cidade de norte a sul.

O rio galgou as margens em vários pontos e atingiu cerca de 20 centímetros de altura em várias ruas na zona do Grande Palácio, no centro histórico da cidade.

Pelo menos 356 pessoas já morreram e 113 mil estão alojadas temporariamente em centros de abrigo devido às inundações que tiveram início em meados de Julho, quando as chuvas se começaram a fazer sentir com mais intensidade.

Vinte e oito províncias do centro do país, um terço da superfície total da Tailândia, permanecem alagadas, incluindo cerca de dez por cento das zonas agrícolas.