Justiça

Face Oculta: Segunda sessão interrompida devido a problema no áudio

Tribunal Direitos Reservados

A segunda sessão do julgamento do caso Face Oculta foi interrompida mais cedo para almoço, esta quarta-feira, por o sistema áudio não estar a funcionar.

A sessão começou às 09:38 no tribunal de Aveiro, com 17 dos 36 arguidos presentes na sela de audiências e o primeiro arguido a depor foi Armando Vara.

O tribunal precisa de ouvir as escutas, algo impossível devido a um problema no sistema de áudio, por isso o juiz determinou o encerramento mais cedo para o almoço.

Na audiência, Armando Vara respondeu a todas as perguntas do presidente do colectivo dos juízes, Raul Cordeiro, depois de ter explicado que conheceu Manuel Godinho, principal arguido no processo, num encontro ocasional em 2001 ou 2002.

O ex-governante socialista confirmou que teve vários almoços com Manuel Godinho, um na sua casa em Vinhais e outro na casa do empresário em Ovar, sendo ambos em família.

Era presença habitual nestes almoços Lopes Barreira, que Armando Vara reconhece como amigo de longa data.

O antigo ministro contou ainda que Manuel Godinho esteve no BCP do Porto, em Julho de 2009, porque queria aceder a uma linha de crédito de cerca de um milhão de euros, mas não o conseguiu por não reunir todas as condições. O que mais preocupou o banco foi uma certa desorganização contabilística das suas empresas, contou.

Armando Vara negou que Manuel Godinho no mesmo mês tenha estado acompanhado por outro arguido, Carlos Vasconcelos, quadro da REFER, no seu gabinete da vice-presidência do BCP em Lisboa.

Para esclarecer este caso poderão vir a ser utilizadas as escutas telefónicas feitas a Carlos Vasconcelos, algo que este arguido não queria.

O tribunal recusou o pedido de Carlos Vasconcelos e determinou que as escutas sejam ouvidas na sala de audiências.

Os trabalhos serão retomados a partir da 1:30.

Notícia actualizada às 12:31.