Na intervenção final no Parlamento do debate e votação da proposta de lei do Orçamento do Estado para 2012, Vitor Gaspar respondeu aos lamentos do PS, alegando que o Governo fez as cedências possíveis e se pudesse teria ido mais longe.
O Governo foi até onde podia, garante o ministro das Finanças, voltado para a bancada do PS.
«Se pudéssemos, teríamos ido mais longe, mas como temos afirmado repetidas vezes o Orçamento de 2012 não tem qualquer margem que possa ser usada e, portanto, qualquer alteração teria de ser neutral em termos orçamentais, acrescenta.
Este era um orçamento sem margens, justica Vitor Gaspar, rumo ao cumprimento da meta do défice.
«Iremos respeitar o limite para o défice orçamental, 5,9 por cento do PIB», garante.
Agora é preciso aplicar o Orçamento mais exigente da história da democracia, considera o Governo e a oposição, por isso segue o aviso do ministro para a máquina do Estado.
«Temos que dar grandes saltos qualitativos na gestão de dinheiros públicos», realça.
Por isso em cada contribuinte o Governo quer um combatente da fraude e evasão fiscal.
Por sua vez, para a oposição à esquerda a batalha contra o Orçamento está apenas a começar, diz Francisco Louçã, do BE. Para o comunista Francisco Lopes é também preciso combater as medidas que afundam o país.