A Câmara de Aveiro (PSD/CDS) disse hoje que recebeu com surpresa a decisão da Nissan de suspender a sua fábrica de baterias, atendendo ao «grande avanço» da construção das infraestruturas localizadas na freguesia de Cacia.
«O município de Aveiro, em face dos contactos já estabelecidos, lamenta a decisão da Nissan em suspender o investimento previsto para Aveiro, retardando a criação de postos de trabalho e reduzindo o valor do investimento previsto», diz a autarquia em comunicado.
O executivo camarário liderado por Élio Maia afirma, no entanto, manter a esperança que, «quando a conjuntura económica for mais favorável, o investimento se venha a concretizar em plenitude».
«O município de Aveiro irá continuar a acompanhar esta situação e a envidar todos os esforços para retomar este e continuar a atrair novos investimentos para o concelho», conclui a autarquia.
Questionada pela Lusa, a Câmara de Aveiro esclareceu ainda que não houve quaisquer contrapartidas da autarquia para a construção da referida fábrica, além da «agilização do processo».
A fábrica de baterias da Nissan que representava um investimento de 156 milhões de euros e a criação de 200 postos de trabalho diretos, deveria começar a laborar no início do próximo ano.
O projeto, agora suspenso, tem sido apontado pela Câmara de Aveiro como um exemplo da capacidade do município para «atrair projetos industriais de grande envergadura tecnológica».
O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, chegou mesmo a referir-se à futura fábrica como «uma janela de esperança que se abre».
«Neste momento, em que vivemos algumas dificuldades, é importante surgir assim algo de positivo que nos dá 'elan', que nos dá força, que nos dá ânimo e alegria», afirmou o autarca no final da cerimónia em que foi anunciado que a nova fábrica iria ser construída no interior do complexo industrial da Renault, em Cacia.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]