A presidente da Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro estranha a rapidez da resposta do Governo ao pedido das construtoras relativo à flexibilidade nos despedimentos.
O secretário de Estado Adjunto da Economia, Almeida Henriques, admitiu, esta quinta-feira, em declarações à TSF, aplicar regimes de excepção a mais empresas de construção, de forma a que elas possam avançar para despedimentos colectivos.
A presidente da Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro começou por notar que a exposição da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas, enviada quarta-feira ao primeiro-ministro, para que possam despedir mais do que o previsto na lei, mereceu uma «resposta muito rápida do Governo».
Essa resposta, continuou, «veio exactamente no sentido contrário àquilo que deve ser a defesa dos postos de trabalho e do emprego».
«O que está a acontecer é que o patronato está a tentar encontrar um expediente mais rápido e mais barato que lhe possibilitará colocar no desemprego milhares de trabalhadores», disse.
Para Fátima Messias, ao contrário da posição dos patrões, reestruturar e revitalizar empresas não se faz «criando e aumentando o desemprego em Portugal».