Portugal

Declarações de ministro são «ofensa», diz associação de oficiais

Militares Direitos Reservados

No Fórum TSF, o presidente da AOFA lembra que as acções dos militares são sempre «no estrito cumprimento da lei» e «para a defesa dos direitos dos militares e Forças Armadas».

O presidente da Associação dos Oficiais das Forças Armadas considera uma afronta o ministro da Defesa achar que os militares estão a tomar posições partidárias, recusando estas críticas vindas de José Pedro Aguiar-Branco.

No Fórum TSF, Manuel Cracel assegurou que «em circunstância alguma, aquilo que é nossa acção e o que nós dizemos e fazemos é no estrito cumprimento da lei naquilo que consideramos ser adequado para a defesa dos direitos e interesses dos militares e das Forças Armadas».

«Se alguém entende que quando dizemos o que dizemos, nomeadamente nesta carta, são questões partidárias ou políticas pergunto o que não é político nesta terra?», questionou-se o presidente da AOFA.

Manuel Cracel até admite que este tipo de tomada de posições podem ser políticas, mas recusa serem com o sentido que o titular da pasta da Defesa lhes dá «muito menos política partidária, porque consideramos isso uma ofensa e uma afronta».

«É preciso que entendamos que as Forças Armadas não são propriamente algo que se possa fechar hoje e abrir amanhã como dizia a rábula do Solnado. A porta da guerra não se fecha e abre. A condições mínimas têm de ser criadas para que as Forças Armadas funcionem», adiantou.

Para Manuel Cracel, «em qualquer país, um esteio ou um dos esteios fundamentais da defesa da soberania de uma Pátria».