O mercado abastecedor de Lisboa não escapa à crise. Os comerciantes falam de quebras acentuadas e os pequenos produtores afirmam que são suportados pelos imigrantes da Ásia.
Sabores, cheiros e cores. Cores das frutas, dos legumes e também de muitos turbantes. Paquistão, Bangladesh, Nepal, China. O mercado está cheio de imigrantes asiáticos e são eles que têm sustentado o negócio de muitos comerciantes.
No MARL os pequenos produtores queixam-se que as vendas caíram muito, quem lá vai comprar diz que já anda a vender fiado, quem lá vende diz que não sabe como é que se vai aguentar.
O movimento não diminuiu, mas é menor o produto ao fim de cada dia. Carlos Barrocas, administrador do MARL, diz que é esse o retrato que lhe é feito por quem tem banca no mercado.
«Cada carro que entra de acordo com aquilo que os operadores nos têm dito tem levado menos quantidade, ou seja, os mesmos operadores continuam a frequentar o mercado, mas o conjunto de compras diminuiu substancialmente. Existem operadores que nos falaram em quebras de 40, 30, 20 por cento nas vendas», explica.
As empresas que estão no MARL tentam minorar o dano, cortando na despesa. Carlos Barrocas diz que tem recebido pedidos para uma redução da renda.