O Hamas denuncia um ataque aéreo israelita esta manhã. Israel diz que vários rockets atingiram o país pouco depois da chegada do primeiro-ministro egípcio a Gaza.
Um porta-voz do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu acusou o Hamas de não ter respeitado a visita do primeiro-ministro egípcio a Gaza e de ter quebrado o cessar-fogo temporário que Netanyahu disse estar disposto a cumprir.
Do outro lado, citada pela agência France Press, uma fonte de segurança palestiniana disse que os aviões israelitas bombardearam um grupo de habitantes na zona de Nazila, no norte da Faixa de Gaza. Fontes médicas indicam que duas pessoas morreram na sequência desse ataque.
O primeiro-ministro do Egito chegou esta manhã a Gaza para manifestar solidariedade para com o povo palestiniano. Hisham Kandil, durante a visita a um hospital, disse que não vai poupar nos esforços para que seja alcançada uma trégua e classificou como agressão as operações militares israelitas.
Entretanto, a responsável pela diplomacia europeia afirmou estar profundamente preocupada com a violência em Israel e Gaza. Catherine Ashton apelou a que os ataques de rockets palestinianos cessem e que a resposta israelita seja proporcional, tendo lamentado a perda de civis dos dois lados.
Em Israel, 16 mil militares que estavam na reserva começaram hoje a ser mobilizados. Ontem, Telavive tinha colocado em alerta 30 mil militares.
A noite e madrugada também ficaram marcadas por múltiplos ataques na Faixa de Gaza. O porta-voz do ministério do interior do Hamas confirmou à agência France Press que houve 130 raides aéreos. A imprensa israelita diz que o lado palestiniano respondeu aos ataques noturnos e que há notícia de vários feridos. A BBC escreve que foram lançados onze rockets.
O exército israelita adianta ainda que, desde que avançou com a ofensiva, na quarta-feira, quando matou o chefe das operações militares do Hamas já levou a cabo 466 ataques aéreos.
Do lado palestiniano, um total de 280 rockets foram lançados sobre Israel. Ontem, um rocket caiu perto de Tel Aviv, o que, escreve o jornal inglês The Guardian, aumentou o receio de uma invasão terrestre por parte de Israel.
Os confrontos causaram pelo menos 18 mortos em Gaza, incluindo crianças. Do lado israelita há relato de três vítimas mortais.