O presidente do Governo Regional dos Açores afirmou que «os EUA têm a responsabilidade de criar as condições para que seja possível lidar com o impacto social e económico» de reduzir a presença na base das Lajes.
«Os Estados Unidos têm a responsabilidade de criarem as condições para que seja possível lidar com o impacto social e económico dessa decisão. Só este comportamento é que estará de acordo com o espírito do acordo de cooperação e defesa. Dito de outra forma, só esse comportamento é que respeitará o espírito de acordo de cooperação e defesa», afirmou Vasco Cordeiro quando questionado pelos jornalistas no final de uma audiência no Palácio de Santana.
Vasco Cordeiro relembrou que «os Estados Unidos estão presentes nos Açores há 60 anos ou mais» e que por isso uma decisão com este impacto «acarreta essa responsabilidade de quem beneficiou da utilização de instalações aqui nos Açores».
O presidente do Governo Regional dos Açores esclareceu que «nunca esteve numa reunião em que tivesse ouvido da boca do Governo dos Estados Unidos este plano de redução» e que recebeu a indicação do Governo da República e por isso será este a ter de dar mais informações acerca do plano.
Nesse sentido, Vasco Cordeiro defendeu que a «clarificação deve ser feita o mais rápido possível».
«O Governo dos Açores foi informado dessa decisão pelo Governo Português e por isso acho importante que as autoridades nacionais deem conta dos exatos termos e contornos desse plano, não é ao Governo dos Açores que compete essa tarefa», sublinhou Vasco Cordeiro.
O presidente do executivo açoriano afirmou ainda que «o governo dos Açores não pode ser porta-voz do Governo da República mas exatamente o contrário [deve] ser porta-voz dos trabalhadores e famílias junto do Governo da República».