É este o valor que vários especialistas atribuem às empresas do grupo espanhol que La Paz vai expropriar. Uma consequência da decisão anunciada pelo presidente boliviano ter anunciado a nacionalização das empresas que fornecem eletricidade às cidades de La Paz, capital da Bolívia, e de Oruro, no sudoeste do país.
A Iberdrola afirma que ainda não recebeu qualquer informação oficial, mas garante desde já que vai estudar o decreto que determina a expropriação.
A elétrica espanhola não adianta um valor quanto ao que deve ser pago pelas empresas, diz apenas esperar que a Bolivia pague o preço real. Especialistas do mercado adiantam, no entanto, que as empresas estão avaliadas em 75 milhões de euros.
Em causa estão duas distribuidoras de eletricidade, uma empresa de serviços e uma quarta responsável pela gestão de investimentos.
Estas empresas que agora vão ser expropriadas representam perto de 0,20 por cento do negócio da gigante espanhola, ou seja, contribuem com cerca de seis milhões de euros para o bolo dos lucros da Iberdrola.
Pelo lado do governo da Bolivia, o vice presidente já veio garantir que não vai agir de maneira arbitraria e que vai ser contratada uma empresa independente para analisar o património, as dívidas e os ativos destas sucursais.
Vai ser a partir dessa avaliação que o governo quer negociar a indemnização que assegura desde já que vai ser justa.
Depois do anúncio da nacionalização, o governo de Espanha lamentou a decisão e realçou a necessidade das relações entre os dois países serem guiadas pela cooperação e sinceridade.
Para além da Iberdrola há outras empresas que detêm participações nas quatro empresas são os casos do Santander, da General Electric e da Ericsson.