Vida

Quercus: Três anos depois do temporal, nada mudou na Madeira

Madeira, 2010 Global Imagens/Hélder Santos

A Quercus diz que se hoje se repetisse o temporal de 20 de fevereiro de 2010, o desastre era certo. A autarquia do Funchal garante que muito trabalho foi feito nos últimos três anos.

Passam hoje três anos. A 20 de fevereiro de 2010, a Madeira vivia um pesadelo que correu mundo. Um enorme temporal fez as ribeiras da ilha arrastarem tudo o que estava nesse caminho sem margens, desaguando na baixa do Funchal que ficou totalmente inundada.

O temporal provocou a morte a mais de 40 pessoas, deixando desalojadas cerca de 600 e um balanço de prejuízos acima dos mil milhões de euros.

No rescaldo da tragédia, muito se falou sobre a necessidade de aprender com ela, corrigindo, por exemplo, o ordenamento do território.

No entanto, passados três anos, a Quercus da Madeira diz que nada nada mudou. Em declarações à TSF, Idalina Perestrelo afirma que se hoje se repetisse a chuvada daquele dia, o desastre era certo. Idalina Perestrelo acrescenta ainda que o Governo Regional aprendeu pouco com o desastre de 2010.

Contactado pela TSF, Miguel Albuquerque, presidente da câmara do Funchal, garante que muito trabalho foi feito e que o essencial é a prevenção e isso está a ser feito.

O autarca do Funchal sublinha ainda que ter aluviões na Madeira é inevitável e é impossivel dizer se uma chuvada como a de 20 de fevereiro de 2010 terá consequências semelhantes. Importante, diz Miguel Albuquerque, era ter um radar meteorológico no arquipélago para detetar e prever a chegada destas chuvas.

Sobre esta reivindicação do autarca do Funchal e também a propósito das críticas da Quercus, a TSF tentou o comentário do Governo Regional da Madeira, mas sem sucesso.