Política

Investimento de 200 milhões de euros criará 3000 empregos na economia social

Passos Coelho GI

Passos Coelho defendeu que as instituições particulares de solidariedade social devem receber parte «preponderante» dos fundos europeus, e estimou que um investimento de 200 milhões de euros na economia social criará 3000 empregos na economia social.

«Queremos, doravante, que a economia social suporte ainda mais o potencial de crescimento do país contribuindo simultaneamente para o reforço da coesão social. A economia social terá de ser, também, um vetor preponderante na utilização dos fundos europeus entre 2014 e 2020», afirmou Pedro Passos Coelho, na abertura do debate quinzenal na Assembleia da República, para o qual o Governo escolheu como tema a economia social.

«Estima-se que sejam criados cerca de 3000 postos de trabalho, num investimento de cerca de 200 milhões de euros na economia social e criando cerca de 9500 vagas nos equipamentos atualmente previstos. Com as futuras verbas comunitárias, poderemos ainda direcionar melhor a intervenção social: com maior precisão, menor desperdício e, obviamente, melhores resultados a vários níveis», acrescentou o primeiro-ministro.

Antes, Pedro Passos Coelho descreveu a atuação do executivo PSD/CDS-PP como «um novo paradigma de resposta social», em que um «Estado tutela» foi substituído por um «Estado parceiro», que atua em conjunto com a sociedade civil.

«Constituído por 55 mil instituições em todo o território nacional, de norte a sul, do interior ao litoral, estando presente nos grandes centros urbanos como na mais remota vila, o setor da economia social destaca-se por chegar mesmo onde o Estado tem dificuldade, procurando responder a todos e a cada um dos portugueses», considerou.

Segundo o primeiro-ministro, o Governo pretende «rentabilizar fundos comunitários» privilegiando «a capacidade que os agentes da economia social têm a nível local para combater a pobreza» e olhando «com mais rigor para a relação custo/benefício de cada projeto social».

Quanto à ação governativa, Passos Coelho mencionou o Programa de Emergência Social, a Lei de Bases da Economia Social aprovada por unanimidade no parlamento no mês passado e a «conta satélite para a economia social» que, disse, permitirá conhecer com «dados estatísticos certificados» a realidade deste setor.

O primeiro-ministro acrescentou que as instituições particulares de solidariedade social passaram a saber com que apoios contavam a médio prazo, com o protocolo plurianual celebrado com o Estado, e que foram regularizadas as dívidas a este setor.

Por outro lado, destacou a criação de «duas linhas de crédito de apoio específico à rede de instituições sociais», no valor total de 178,5 milhões de euros, e referiu que a "salvaguarda fiscal" acordada com a 'troika' poupou este setor a pagar 40 milhões de euros em sede de IRC e 130 milhões de IVA.

De acordo com o chefe do executivo, serão dados «passos concretos» para «alargar ainda mais o envolvimento da sociedade civil», com a aprovação de um Plano Nacional de Voluntariado.