O primeiro-ministro afirmou que o Estado vai atuar para que a banca reanime o crédito à economia, depois de assinalar o apoio à recapitalização de alguns bancos e os meios dados à Caixa Geral de Depósitos.
«O Estado - que, de resto, suportou a recapitalização de alguns bancos privados e que dotou a Caixa Geral de Depósitos dos meios necessários, de rácios de capital necessários para exercer esse papel - não deixará de ativamente, junto dessas instituições, garantir que tudo o que elas podem fazer para reanimar o crédito à economia seja feito», declarou Pedro Passos Coelho aos jornalistas, no final de uma reunião do Conselho Nacional do PSD, em Lisboa.
Pedro Passos Coelho disse ter sido essa a posição que assumiu nesta reunião do órgão máximo do PSD entre congressos sobre o papel da banca.
Antes, o primeiro-ministro e presidente do PSD considerou que «há hoje uma parte da recessão que está a ser causada de forma desnecessária, pela falta de crédito à economia, não obstante haver bancos capitalizados que possam assegurar esse crédito à economia».
«Sabemos as condições muito restritivas em que os bancos também funcionam, sabemos que o seu próprio financiamento é conseguido com juros que são elevados e que depois são transferidos para o mercado nos empréstimos que são realizados», referiu Passos Coelho.
«Mas eu acredito que há hoje alguma margem para que os bancos possam ter, sem ferir a análise de risco que cada instituição deve fazer, uma posição mais ativa na retoma do investimento», acrescentou o chefe do Governo PSD/CDS-PP na defesa desta posição.