O líder da Fenprof recordou que Nuno Crato estava convencido de que o colégio arbitral ia decidir a favor do Ministério na questão dos serviços mínimos para o exame de segunda-feira.
O líder da Fenprof considerou, esta terça-feira, que o ministro da Educação «revelou mau perder» ao dizer que vai recorrer da decisão da não existência de serviços mínimos para o exame de português do 12º ano, marcado para 17 de junho.
«O ministro da Educação dizia-se convencido de que o colégio arbitral ia decidir de acordo com o que era a sua opinião e houve uma coisa que os sindicatos sempre disseram: cumpriríamos sempre a decisão do colégio arbitral», explicou Mário Nogueira.
Em declarações à TSF, o secretário-geral da Fenprof considerou que o ministro da Educação vê a decisão do colégio arbitral como «incorreta, porque não é dele», algo que Mário Nogueira acha «extraordinário quando se está a jogar o jogo democrático».
Mário Nogueira entende ainda que o Ministério da Educação dispõe de uma solução que respeita o direito à greve dos professores que seria adiar o exame de 17 para 20 de junho, o que não traria «problemas organizativos e logísticos».
«Não põe em causa o calendário dos exames, o prazo para a correção das provas e a data fixada para a divulgação das pautas da 1ª fase. Não põe em causa nada», sublinhou, que diz que este adiamento apenas «põe em causa a decisão do ministro».
Para Mário Nogueira, como Nuno Crato «acha que pode, manda e decide, aí está em pleno a sua prepotência e arrogância com que não é capaz de ouvir ninguém».